O jornalista e escritor Adilson Vilaça lançou na tarde do último sábado (10), em Ecoporanga, o livro “Cartas Fantasmas”. Pessoas e famílias de Ecoporanga citadas ou que constituem personagens no livro, prestigiaram a sessão de autógrafos no Cerimonial Encontros, no bairro Vila Nova, durante o evento ecoporanguenses ausentes e presentes.
Apaixonado pela história e pela cultura do Espírito Santo, Adilson Vilaça remonta em “Cartas Fantasmas” o sopro do messianismo, a revolta dos camponeses e a fundação do município de Ecoporanga, nos anos 50. O livro é a continuação do romance “Cotaxé”, lançado em 1997, que conta a breve existência do independente Estado União de Jeová, área de divisa com Minas Gerais. Após a fragmentação desse movimento, eclode a disputa que serve de cenário para o novo romance, devido ao interesse de grileiros e empresários em propriedades já ocupadas por famílias rurais.
Utilizando personagens como um militar, uma criança órfã, um cronista e uma militante comunista, Adilson descreve a violenta repressão que os lavradores sofreram na luta pelas terras, bem como a transformação do Noroeste capixaba, durante o período, em uma região de concentração fundiária, vazio populacional e de devastação do meio ambiente.
“Cartas Fantasmas” de 543 páginas é uma publicação da Chiado Editora, e já está disponível nas principais livrarias do Brasil.
Sobre o autor
Jornalista, escritor e professor, Adilson Vilaça de Freitas é mineiro de Conselheiro Pena (MG), onde nasceu em 1956. Ainda criança, sua família mudou-se para Ecoporanga, onde passou o resto da infância e boa parte da juventude. É desse tempo que o autor traz as recordações das histórias contadas pela avó Maria Raimunda e às quais atribui seu interesse pela narrativa. Atualmente reside em Vitória.
Sua atividade de escritor tomou impulso no início da década de oitenta, quanto obteve o primeiro lugar no Concurso Literário Permanente do Espírito Santo na categoria conto. Desde então, não parou mais, com inúmeras obras publicadas, dentre várias, o romance “Cotaxé”, lançado em 1997. (Roberto Carlos da Silva com Secult)